- Quarta, 15 Julho 2015 10:57
Cinco milhões e meio de brasileiros em idade escolar não têm o
nome do pai no registro de nascimento. No Piauí, um projeto da Justiça
está ajudando os jovens a ter esse direito garantido.
No Piauí, são 135 mil estudantes nessa situação e a possibilidade de realizar o sonho de muita gente chega de ônibus.
O
estudante Lucas ficou sabendo na escola que umas pessoas chegariam à
cidade para ajudar gente como ele, que quer ter a certidão de nascimento
completinha. Ele convocou a mãe e o suposto pai para juntos resolverem
esse impasse. Todos colheram material para fazer um exame de DNA e agora
é só esperar. “Quando eu receber o resultado, vou ficar muito feliz.
Que seja ou que não”.
O Lucas é dos um dos milhares de beneficiados do projeto “Eu
Tenho Pai”, da Justiça do Piauí, em parceria com Ministério Público e a
Defensoria. Em ônibus especiais acontecem os mutirões de reconhecimento
de paternidade. Processos que passariam anos para serem resolvidos
encontram um bom atalho.
“Aqui a gente tem uma possibilidade muito rápida de resolver um
conflito de anos e trazer essa dignidade a esse cidadão, criança ou
adolescente, do direito dele ter pai, de ter o nome registrado do seu
pai no seu registro civil”, diz Glécio Setubal, promotor de Justiça.
Desde a criação do projeto já foram concluídos 2.400 processos
de reconhecimento de paternidade. É o que está fazendo Flávio, pai do
Wellington, que tem 18 anos. Ao saber do projeto nem pensou duas vezes
para realizar um desejo antigo.
“Apareceu a oportunidade única que eu vou ter de corrigir um
erro, que na época eu cometi por ser muito jovem. É uma alegria imensa
poder reconhecer nos papéis a paternidade do meu filho”, revela Flávio
José Silva, desempregado.
(Fonte: Portal do Jornal Hoje)