A
Corregedoria Geral de Justiça (CGJ) iniciou nesta quarta-feira (24) uma
série de reuniões com representantes de cartórios que receberão a
implantação do selo digital com QR Code no Rio Grande do Norte. A
tecnologia foi introduzida pela CGJ como projeto-piloto há dois meses no
cartório de Monte Alegre e em Natal, no cartório de Igapó. No período,
já foram utilizados quase 10 mil selos digitais. Diante dos bons
resultados obtidos nessa etapa de testes, o projeto prossegue agora para
ser expandido nas demais serventias do RN. A expectativa é de que até
agosto todas já utilizem o selo.
As
serventias do estado foram divididas em três grupos e se reunirão ao
longo da semana para receber esclarecimentos, informes e tirar dúvidas
sobre o selo digital, que consiste na substituição do selo físico, com
acréscimo de informações digitais por meio de um código alfa numérico e
de um QR Code impressos diretamente no papel.
O
juiz corregedor Diego Cabral explicou que “apesar da resistência
inicial a essa novidade tecnológica, a experiência no plano piloto com o
selo digital foi muito bem-sucedida, trazendo vantagens de segurança,
confiabilidade das informações e praticidade no exercício da atividade
cartorária”.
O
magistrado lembrou que durante a semana ocorrerão também reuniões com
os desenvolvedores de sistema dos cartórios, que receberão o apoio
necessário para adaptar os sistemas de informática usados nos
respectivos cartórios a essa nova ferramenta digital.
Durante
a reunião de hoje, o oficial do cartório de Igapó, Itérbio Leite,
destacou que “com esse sistema a possibilidade de erro é mínima. Com o
selo digital não é mais necessária a estampa física, que algumas vezes
falta nos estoques dos cartórios e que está sujeita, por exemplo, a
atrasos e extravios nos lotes recebidos dos Correios”.
Já
a oficiala Ana Cecília Cunha, do cartório de Monte Alegre, informou que
não teve nenhum tipo de problema em implantar o sistema em sua
serventia e por isso tem “a certeza de que haverá uma boa assimilação do
selo digital, tendo em vista os ganhos em transparência, credibilidade e
segurança no manejo das informações”.
O
juiz Diego Cabral reforçou que “até mesmo o CPF do cidadão que procurou
o cartório, e fez uso do selo digital, ficará registrado no sistema em
relação ao ato praticado, o que permitirá identificações posteriores”,
ajudando a evitar fraudes e desvio de informações.
O
magistrado da Corregedoria enfatizou que “o trabalho está sendo feito a
muitas mãos, com participação da equipe de informática do TJRN, dos
desenvolvedores de sistemas das serventias, dos representantes dos
cartórios, da própria Corregedoria, sendo transformado para entregar um
melhor serviço para a sociedade”.
Diferente
do selo físico, a tecnologia do selo digital permite que o documento
possa ser identificado e autenticado de maneira mais fácil,
possibilitando também a sua rastreabilidade. Essas características
conferem mais veracidade e confiabilidade aos atos cartorários, além de
permitir a melhoria no controle da emissão de documentos pelos cartórios
extrajudiciais e controle na fiscalização quanto à arrecadação dos
cartórios pela Corregedoria.
Fonte: TJ/RN