Registro Civil das Pessoas Naturais (nascimento, casamento, óbito), Protesto de Títulos, Tabelionato (escrituras, procurações, autenticação de documentos e reconhecimento de firmas), xerox.TITULAR: Bel. IVANILDO FELIX DE LIMA - TABELIÃO. ESCREVENTE SUBSTITUTO: Bel. IVANILDO FELIX DE LIMA FILHO. ENDEREÇO: RUA BARÃO DO RIO BRANCO, 23 CEP: 59400-000 SÃO TOMÉ-RN CEL.: (84) 99486-5137 E-MAIL: servicodenotas2@hotmail.com - EXPEDIENTE: 07:30 ás 12:00 e 13:30 às 17:00h (PORT. 003-GJ de 26/10/2020)
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terça-feira, 10 de dezembro de 2013
sexta-feira, 6 de dezembro de 2013
Provimento autoriza pais reconhecerem filhos socioafetivos em cartório de Pernambuco
O
corregedor geral de justiça em exercício, desembargador Jones
Figueirêdo, publicou, no último dia 3 de dezembro, o provimento nº
009/2013, que permite o reconhecimento voluntário de paternidade
socioafetiva de pessoas registradas sem pai. Com a medida, pais que
quiserem registrar filhos socioafetivos vão poder registrá-los nos
cartórios de registro civil, desde que não haja paternidade estabelecida
no registro.
Para
isso, basta comparecer ao cartório de registro civil em que o filho
está registrado e apresentar documento de identidade com foto e certidão
de nascimento do filho. Caso o filho seja menor, é necessária a
anuência da mãe. Se o filho for maior de idade, precisa de autorização
escrita do mesmo. "O provimento torna-se instrumento normativo de
cooperação com os fatos da vida que envolvem o universo familiar,
dignificando os protagonistas da relação paterno-filial-afetiva",
ressalta o magistrado.
A
norma, já em vigor, considera aspectos como a ampliação do conceito de
família, princípios da igualdade de filiação, da afetividade e da
dignidade da pessoa humana e deverá ter um grande alcance social. "A
providência registral atende ao disposto no art. 1.593 do Código Civil
para admitir, sem burocracia, a moldura jurídica do pai socioafetivo com
o reconhecimento voluntário de pai em cartório, tornando desnecessária
uma provocação jurisdicional. A paternidade nutrida pelo espírito tem
igualdade jurídica com aquela adviniente da consangüinidade", afirma o
desembargador Jones.
Veja aqui o provimento.
Fonte: TJPE
Publicado em 05/12/2013
terça-feira, 26 de novembro de 2013
ARTIGO: UMA IMPRESSÃO SOBRE O XV CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO NOTARIAL E DE REGISTRO.
O XV
Congresso Brasileiro de Direito Notarial e de Registro, aconteceu dias 20 a 23
deste mês, em Natal/RN.
Inicialmente
dizer da minha alegria de ter participado de um Congresso de tão grande
importância para a nossa categoria de Notários e Registradores. Dizer que o
nosso Estado, sediar um evento de tão grande envergadura, só nos envaidece,
como notários e registradores.
Reconhecer
a importância do XV Congresso de Direito Notarial e Registral, é reconhecer
simultaneamente, a importância que nós representamos para a sociedade
brasileira. Digo, por causa do alto nível dos painéis apresentados, diga-se de
passagem, por grandes nomes do cenário jurídico brasileiro.
Os
temas não poderiam ter a propriedade que tiveram!
O
tema principal: “A atuação dos cartórios na defesa dos direitos fundamentais
sociais, uma análise crítica dos 25 anos da Constituição Brasileira”, veio como
oportunidade de refletirmos sobre o nosso papel na sociedade brasileira. O que
podemos fazermos como notários e registradores, para a defesa dos direitos
fundamentais sociais?
Por outro lado, foi um momento de reconhecermos
que precisamos e muito, avançarmos como profissionais do direito. Digo por
causa da grande resistência que ainda existe no nosso meio, referente às
mudanças, as implementações e porque não dizer na modernização dos serviços
notariais e registrais em nosso país.
Reconhecer,
naquele Congresso, que existem cartórios em nosso país com alto nível de
qualidade, para mim, representa repensar a minha prática como notário e
registrador, como também, incentivo para melhor atuação no dia-a-dia.
O
Congresso foi momento de crescimento, reflexão e também confraternização.
Penso
que precisamos sairmos do nosso anonimato e crescermos enquanto profissionais
do direito, porque prestamos serviço de grande importância para a população
brasileira.
A
presença do Secretário da Reforma do Judiciário e do Ministro da Justiça, naquele
Congresso, a meu ver, sintetizam a importância que nós Notários e
Registradores, temos para o governo e para toda a sociedade brasileira.
Um
ponto que me chamou atenção, foi que, sendo o nosso estado anfitrião,
considerei ínfima, a participação dos notários e registradores norte-riograndenses.
Enquanto isso, teve estado como o de Alagoas, que trouxe a maior caravana, em
número superior a 100(cem) pessoas.
Conversando
com o esposo de uma colega registradora alagoana, este me falava, que no seu
Estado, a classe notarial e registral era muito unida e se ajudavam muito. Em
suas palavras “era todos por um e um por todos”. Fiquei surpreendido com suas
palavras! Me perguntava naquela oportunidade, quantas pessoas do RN estavam participando
e fiquei com vergonha de dizer-lhe que era um número diminuto.
Lembrar
aos colegas norte-riograndenses que não quiseram ou não puderam participar do
XV Congresso, que perderam a oportunidade de crescerem um pouco mais, como
pessoa e como profissional do direito.
Quero
aproveitar, para enaltecer o brilhante trabalho do Dr. Rogério Portugal
Bacellar, Presidente da ANOREG/RN e do Dr. Francisco Araújo Fernandes, Presidente
da ANOREG/RN, como também a toda equipe que trabalham nas duas instituições,
que não mediram esforços, no sentido de oferecer um brilhante Congresso a todos
os notários e registradores brasileiros, a começar pelo hotel excelente, palestras
e painéis de alto níveis, sem contar com as programações culturais, que
enriqueceram a noite dos congressistas, naqueles dias.
A
classe notarial e registral brasileira está de parabéns!
Ivanildo Felix de Lima - Tabelião e Registrador do 2º Serviço Notarial e Registral da Comarca de São Tomé/RN
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Direitos Fundamentais e Sociais são discutidos em palestra no XV Congresso da Anoreg, em Natal-RN
- Segunda, 25 Novembro 2013 15:53
(Flavio Crocce, Rogério Bacellar, Rodrigo Toscano de Brito e João Pedro Lamana Paiva
A palestra da última quinta-feira (21) abordou o tema: “Direitos Fundamentais Sociais garantidos pela Transparência dos Serviços Notariais e de Registro”, o assunto faz parte do ciclo debates que acontece durante os dias 20 a 23 de novembro no XV Congresso Brasileiro de Direito Notarial e de Registro, em Natal-RN.
O presidente da Associação dos Notários e Registradores do Brasil
(Anoreg-BR), Rogério Bacellar, mediou a palestra que contou com a
participação do Secretário da Reforma do Judiciário do Ministério da
Justiça, Flavio Crocce Caetano, do professor e advogado Rodrigo Toscano
de Brito e do registrador de imóveis de Porto Alegre-RS, João Pedro
Lamana Paiva.
Bacellar, em sua fala, agradeceu a todos os associados que votaram e o
reelegeram para o mandato de presidente da Anoreg-BR. A eleição, por
aclamação autorizada pela Assembleia Geral Ordinária, por ser chapa
única, aconteceu durante a manhã.
De acordo com Bacellar, o principal objetivo deste mandato é integrar
e modernizar os serviços da classe. “Vamos lutar para ter um notário e
um registrador em Conselhos de representação nacional, bem como uniremos
esforços para que seja aprovado o Conselho Nacional da categoria, que
já está em tramitação na Câmara dos Deputados”, afirmou.
O deputado federal, Alex Canziane, também esteve no congresso, e
enfatizou a importância do trabalho dos notários e registradores para a
sociedade brasileira. Ressaltou, ainda, a “dedicação constante” de
Rogério Bacellar em buscar melhorias para a categoria. Para Canziane, a
valorização da atividade depende principalmente dos membros da classe.
“Valorização e respeito dependem de cada notário e registrador”,
concluiu.
De acordo com Flavio Crocce, o Ministro da Justiça, José Eduardo
Cardozo, tem atuado em conjunto com os cartórios com o objetivo de
colaborar para desjudicialização dos processos brasileiros. Destacou a
importância de se criar parcerias com notários e registradores, e assim
amenizar o número exorbitante de processos judiciais no Brasil.
Segundo Crocce, o sistema de justiça brasileiro possui em média 92,2
milhões de processos e lembrou que a demora na análise atrasa a
conclusão dos julgamentos. “Ainda hoje julgamos casos da década de 50,
60 e 70”, afirmou. Para o secretário, a Justiça deve ser contemporânea.
Crocce acredita que, apesar do grande volume de processos, falta
acesso à justiça, e informa que isso acontece principalmente porque as
pessoas não conhecem seus direitos e aqueles que conhecem não sabem como
proceder. “Tem estados que não possuem Defensoria Pública, falta acesso
a justiça e estima-se que 64% das pessoas não vão ao Judiciário para resolverem seus problemas”, informou.
Para o Secretário, a solução, para resolver a morosidade do
Judiciário, é trabalhar em conjunto com os cartórios extrajudiciais,
solicitar aos parlamentares alterações nas leis, resolução dos problemas
na fase de execução, valorização das decisões de primeiro e de segundo
grau, acabar com o litígio, utilizar a mediação e conciliação,
profissionalizar a gestão e implementar inovações tecnológicas.
“Precisamos aprender com os notários e registradores a agilizar o
sistema eletrônico e migrar do papel para o virtual todo o processo
jurídico”, ressaltou. Segundo o Secretário, o administrador judicial é a
figura que falta para melhorar a justiça brasileira.
Crocce disse, ainda, que somente deve ser encaminhado ao Judiciário o
que depende da justiça e o que é conflitante. Esclareceu que o
Usucapião Administrativo é um projeto interessantíssimo para que os
próprios cartórios executem. “Vocês sabem do problema e respondem com
agilidade”, disse.
“Trabalhamos juntos no Sistema de Informações de Registro Civil
(SIRC) para que todos tenham acesso ao registro, buscamos também a
solução dos processos com sustentabilidade. Além disso, criamos a Casa
de Direitos, na Cidade de Deus-RJ, e temos a parceria com cartórios
daquele estado para auxiliarem na solução de conflitos. É a mediação
comunitária em situações do dia a dia. O Brasil está atrasado, por isso,
não pode haver restrição de mediação”, salientou o Secretário.
Comentou, ainda, sobre a Proposta de Mediação que está na Comissão de
Constituição e Justiça do Senado. “Pretendemos fazer um curso
específico, em parceria com Anoreg-BR e a Secretaria de Reforma do
Judiciário, para capacitar os cartorários. Queremos, também, aprovar o
Usucapião Administrativo no Congresso Nacional. Precisamos andar de
mãos dadas com os cartórios extrajudiciais para que assim os cidadãos
tenham seus direitos assegurados e respeitados”, finalizou Crocce.
Sobre esse assunto, o presidente, Rogério Bacellar, enfatizou que os
membros da categoria fazem mediação desde sua fundação. “Fazemos
mediação o dia inteiro, por meio do divórcio, casamento, testamento,
sempre estamos mediando, por isso, a formalização deste ato é primordial
para nossa classe”, disse.
Nesse sentido, o professor e advogado Rodrigo Toscano de Brito, falou
sobre os direitos da personalidade, tendo como enfoque a dignidade da
pessoa humana.
Para Brito, os cartórios delegam função importantíssima sobre os
direitos da personalidade, já que o nome escolhido pelo cidadão deve ser
avaliado pelo registrador com o objetivo de não expô-lo ao ridículo.
Brito informou, ainda, que o registro de nascimento se tornou
complexo devido a multiparentalidade socioafetiva, onde enteados
adquirem o sobrenome do padrasto ou madrasta. Falou também sobre a
adoção à brasileira, ou seja, o registro de criança que não seja filho.
Veja o Slide da palestra de Rodrigo Toscano de Brito
Usucapião Administrativo e Regularização Fundiária
O registrador de imóveis, João Pedro Lamana Paiva, falou sobre a temática: “A Função Social da Propriedade: A Proposta para Usucapião Administrativo e Regularização Fundiária".
Lamana informou que o usucapião extrajudicial pode dar equilíbrio nas
transações de aquisição da propriedade ao assegurar o direito a
moradia. Informou que a regularização de assentamentos é a principal
finalidade do usucapião. “A propriedade irregular vem tomando de conta
do Brasil, cerca de 40% a 50% dos imóveis estão irregulares no Brasil”,
afirmou.
Para o registrador, os notários e registradores exercem papel
importante para a legalização da propriedade, isso por que o notário
seria um jurista, para evitar os problemas e acabar com a morosidade do
sistema fundiário. “O notário tem demonstrado grande experiência na
condução de atos dessa espécie”, disse.
De acordo com Lamana, os serviços notariais e registrais são capazes
de administrar a demanda do usucapião. “Com isso, teremos mais rapidez,
celeridade e segurança jurídica”, finalizou.
Veja o Slide da palestra de Lamana Paiva
(Assessoria de Imprensa Anoreg-BR)
Vencedores do "Prêmio Cultural Anoreg" são premiados em Natal-RN
- Segunda, 25 Novembro 2013 10:16
(Éder Rodrigues de Souza recebe o Prêmio de Luiz Geraldo Correia da Silva, membro da comissão julgadora)
A diretoria da Associação dos Notários e Registradores do Brasil
(Anoreg-BR) premiou, na última sexta-feira (22), os vencedores do
“Prêmio Cultural Anoreg”. A cerimônia aconteceu durante a premiação do
Prêmio de Qualidade Total Anoreg 2013 (PQTA), no XV Congresso Brasileiro de Direito Notarial e de Registro, em Natal-RN.
O vencedor foi Éder Rodrigues de Souza, pseudônimo: Geovanne de São Miguel, de Belo Horizonte-MG que abordou o tema: “O Advogado, o Parquet e a Catarina”. O segundo premiado falou sobre: “A adoção consentida pelos pais biológicos: A propositura de um procedimento administrativo”, de autoria de Maria Eugênia Ramos Albuquerque Rodrigues, pseudônimo: MEG, de Caruarú-PE. E o terceiro colocado foi o notário Rapael Chociaí, do primeiro tabelionato de Navarí-MS, com a poesia e música de tema “Patrimônio do Brasil”.
A comissão julgadora, composta pelos notários e registradores: Evaldo
Feitosa dos Santos (DF), Luiz Geraldo Correia da Silva (PE) e MC Artur
Di Andrade Camargo (DF), analisou as obras de acordo com as categorias:
trabalho literário e poesia/música, conforme o edital. Os critérios para
a seleção foram estabelecidos no site do Prêmio. Para os avaliadores, os trabalhos apresentados foram de alta qualidade.
Além da premiação em dinheiro, as obras vencedoras serão publicadas nos meios de comunicação da Anoreg-BR.
Informações do Prêmio
(Assessoria de Imprensa Anoreg-BR)
Rogério Bacellar é reeleito presidente da Anoreg-BR
- Quinta, 21 Novembro 2013 17:53
(Rogério Bacellar)
O paranaense e atual presidente da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg-BR),
Rogério Bacellar, foi eleito para a presidência da entidade nacional
que defende todos os cartórios brasileiros. A eleição, por aclamação
autorizada pela Assembleia Geral Ordinária, por ser chapa única,
aconteceu na manhã de hoje (21), durante o XV Congresso Brasileiro de Direito Notarial e de Registro, em Natal-RN.
“Integração e Modernidade” foi o nome da chapa apresentada e da
bandeira levantada por Bacellar para dar sentido as próximas lutas em
nome da classe notarial e de registro.
O presidente, Rogério Bacellar, agradeceu os associados pela
confiança e disse que cumprirá este mandato com o auxílio da diretoria
para defender de forma plena os interesses de todos os notários e
registradores brasileiros.
A diretoria eleita para o triênio 2014/2017 é composta pelos membros:
Presidente: Rogério Portugal Bacellar – PR;
Primeiro Vice-Presidente: Cláudio Marçal Freire – SP;
Segundo Vice-Presidente: Renaldo Andrade Bussiere – RJ;
Secretário-Geral: Germano Carvalho Toscano de Brito – PB;
Primeiro-Secretário: Francisco José Rezende dos Santos – MG;
Segundo-Secretário: Mário de Carvalho Camargo Neto – SP;
Primeiro-Tesoureiro: Mc Arthur di Andrade Camargo – DF;
Segundo-Tesoureiro: Rainey Barbosa Alves Marinho – AL;
Vice-Presidente de Notas: Ubiratan Pereira Guimarães – SP;
Vice-Presidente de Registro de Contratos Marítimos: José Augusto Pontes Moraes – PA;
Vice-Presidente de Protesto de Títulos: Léo Barros Almada – RJ;
Vice-Presidente de Registro de Imóveis: Luiz Gustavo Leão Ribeiro – DF;
Vice-Presidente de Registro de Títulos e Documentos e Civil das Pessoas Jurídicas: Paulo Roberto de Carvalho Rêgo –SP;
Vice-Presidente de Registro Civil das Pessoas Naturais e de Interdições e Tutelas: Calixto Wenzel – RS;
Vice-Presidente de Registro de Distribuição: Márcio Baroukel de Souza Braga – RJ.
Conselho Fiscal
Conselheiro Presidente: Luiz Geraldo Correia da Silva –PE;
Conselheiro Titular: Francisco Cláudio Pinto Pinho – CE;
Conselheiro Titular: Ary José de Lima – SP;
Conselheiro Suplente: Airene José Amaral de Paiva – RN;
Conselheiro Suplente: Glória Alice Ferreira Bertoli – MT;
Conselheiro Suplente: João Norberto França Gomes – PR.
(Assessoria de Imprensa Anoreg-BR)
“Atos praticados nos cartórios" são discutidos no XV Congresso Brasileiro de Direito Notarial e de Registro, em Natal-RN
- Sexta, 22 Novembro 2013 18:01
(Rogério Bacellar e Christiano Cassettari)
Na última quarta-feira (20), foi realizada a oficina: “Debates e tira dúvidas: Atos praticados nos cartórios". O tema faz parte dos assuntos que estão sendo discutidos no XV Congresso Brasileiro de Direito Notarial e de Registro, realizado durante os dias 20 a 23 de novembro, em Natal-RN.
No diálogo, o professor, Christiano Cassettari, falou sobre a guarda
compartilhada; ações de sócio afetividade; ação negatória de paternidade
no judiciário e multiparentalidade. Ressaltou que os temas são
delicados, mas que os registradores precisam estar preparados, pois
lidam diariamente com estas situações.
De acordo com Cassettari, é necessário reanalisar o direito atual,
principalmente, sobre questões da multiparentalidade. “São muitas
situações diferentes com a multiparentalidade, em alguns casos, sou
favorável a dupla herança. A convivência e que irá reforçar este
direito”, enfatizou. Para o professor, a discussão sobre paternidade
deve acontecer no Registro Civil e não apenas no Judiciário.
Cassettari falou, ainda, sobre a Lei de Apadrinhamento e comentou que
fez uma tese de doutorado e também publicou um livro sobre este
assunto. “Esta é a bandeira que levanto hoje no Congresso”, afirmou.
Esclareceu o assunto, da Lei de Apadrinhamento, com um
exemplo: “Existe um caso comum do registro civil, que é a adoção à
brasileira, ou seja, a pessoa adota informalmente sem passar pelos
procedimentos habituais. Esse tipo de relação pode gerar vários
problemas, caso aja o fim do relacionamento, e por isso, surgiu a ação
negatória no judiciário, que retifica a certidão de nascimento de
paternidade de um pai que não era pai”, disse.
Segundo o professor essa situação é polêmica, já que a criança terá o
pai biológico e o afetivo. “O inverso também pode ocorrer, ter uma mãe
ou duas”, pontuou. Cassettari acredita que o registro civil deve estar
preparado para essas mudanças na estrutura da família brasileira.
O presidente do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (Irib),
Ricardo Coelho, comentou sobre a Central Registradores de Imóveis, um
sistema eletrônico que integra em uma única plataforma dados, imagens e
softwares de forma a permitir a consulta simultânea, unificada e
controlada aos conteúdos dos acervos dos Registros de Imóveis. “Estamos
interligados pela informática, telefones, tablets, computadores”, disse.
Outro tema discutido foi a regularização fundiária, abordada pelo
vice-presidente do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (Irib) e
presidente da ENNOR - Escola Nacional de Notário s e Registradores,
Francisco Rezende.
O diretor de registro imobiliário da Anoreg-RN, Carlos Dantas,
comentou sobre registro, averbação, notas, registro de títulos e
documentos e pessoas jurídicas e seus problemas inerentes e próprios da
região.
Para o vice-presidente da Anoreg-RN, Airene Paiva, é importante a
discussão sobre os assuntos da atividade. “Este é um momento ímpar para a
troca de experiências e precisamos aproveitar para elucidar dúvidas da
classe”, afirmou.
O vice-presidente do Irib, João Pedro Lamana Paiva, também participou
dos debates e muito contribuiu para a compreensão dos congressistas em
todos assuntos debatidos. De acordo com Lamana, assuntos são novos -
multiparentalidade, socioafetividade, questões sucessórias – e devem ser
tratados pela classe notarial e de registro com toda segurança
jurídica.
Também presidiram a mesa de abertura, o presidente da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg-BR), Rogério Bacellar e o presidente da Anoreg-RN, Francisco Fernandes.
Programação
(Carlos Dantas, Ricardo Coelho, Rogério Bacellar, Christiano Cassettari, Francisco Fernandes e Airene Paiva)
(Assessoria de Imprensa Anoreg-BR)
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
ABERTURA DO XV CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO NOTARIAL E DE REGISTRO
Ontem, 20 de novembro de 2013, começou o XV CONGRESSO BRASILEIRO DE DIREITO NOTARIAL E DE REGISTRO, em Natal/RN, que está sendo realizado no Grand Hotel SHERS, na orla marítima desta capital. A programação irá até sábado, dia 23 próximo. Este congresso é considerado o maior evento brasileiro de direito notarial e de Registro. Participam do evento notários e registradores de todos os estados brasileiros, juízes, Desembargadores, Promotores e estudantes de direito. Abriu o evento o Presidente da ANOREG/RN, Dr. Rogério Bacellar e o Presidente da ANOREG/RN, Dr. Fernando Fernandes. Presentes ao evento e compondo a mesa diversos presidentes de instituições notariais e de registro do Brasil.
A abertura oficial contou com a presença de mais de seiscentas pessoas, de todos estados da federação, com grande representatividade da classe notarial e de registro.
O presidente da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg-BR), Rogério Bacellar, fez a abertura do encontro, em sua fala, ressaltou que a entidade nacional trabalha em parceria com a Anoreg-RN, Anoregs estaduais e Institutos membros com o objetivo de integrar e buscar melhorias para os associados.
Bacellar também informou que durante o ano de 2013, a Anoreg-BR atuou diariamente com o Governo Federal e o Poder Judiciário na defesa dos direitos dos notários e registradores. Pontuou, ainda, algumas das vitórias conseguidas nesse período, como por exemplo, o divórcio e a separação que agora podem ser feitas pelos cartórios extrajudiciais. O presidente ressaltou que a diretoria da Anoreg e os Institutos membros buscam, atualmente, que os cartórios também possam fazer a mediação e a arbitragem. “Esta proposta já foi aceita pelo Ministério da Justiça”, disse.
De acordo com o presidente, a Anoreg-BR está recolhendo assinaturas para criar um Projeto de Lei Complementar (PEC) que exige a presença de um notário e registrador no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Buscamos isso para que nossa categoria seja representada por pessoas que conhecem mais profundamente nossa atividade”, concluiu.
Bacellar finalizou o discurso ao dizer que o principal objetivo do congresso é que todos compartilhem informações e se capacitem para que o serviço notarial e registral continue fornecendo segurança jurídica aos cidadãos brasileiros. “Por isso, criamos a Escola Nacional de Direito Notarial e de Registro (ENNOR), para facilitar a troca de conhecimentos e a capacitação dos membros da classe”, pontuou.
Integração e capacitação
O presidente da Associação dos Notários e Registradores do Rio Grande do Norte, Francisco Fernandes, falou que encontros como esse aproximam toda a categoria. “A integração com os Institutos membros e Anoregs estaduais buscam principalmente aproximar e defender os notários e registradores”, disse.
Para o desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ-RN), Vivaldo Pinheiro, o congresso é importante para a troca de experiências construtivas entre os titulares das serventias extrajudiciais.
Já o presidente do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil, Ricardo Coelho, agradeceu a Anoreg-BR por defender a classe e priorizar a união entre os tabeliães e registradores. Ainda, parabenizou todos os participantes do Prêmio de Qualidade Total Anoreg (PQTA), que premia todos os cartórios que se preocupam em prestar serviços de qualidade para a população.
Segundo o presidente da Coopnore, Sergio Afonso Mânica, a Coopnore e a Anoreg-BR são parceiras indissociáveis e ressaltou que a cooperação é hoje símbolo da humanidade. “Uma pessoa atuando na vida coletiva só tem sucesso por meio da cooperação”, concluiu.
Ricardo Leão, presidente da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen Brasil), ressaltou que a Anoreg-BR tem contribuído para desenvolvimento de projetos no âmbito federal e jurídico. “Anoreg-BR nos apoia em todos os momentos e nos ajuda a dialogar com o Governo Federal e o Judiciário”, disse.
Nesse sentido, o presidente do Colégio Notarial do Brasil (CNB), Ubiratan Guimarães, lembrou que as associações buscam melhorias para a classe, mas que para isso é necessário a participação e a união de todos.
De acordo com o presidente do Instituto de Estudos de Protestos de Títulos do Brasil (IEPTB-BR), Leo Almada, a discussão sobre o direito notarial e registral é indispensável para a troca de ideias e esclarecimento das dúvidas dos colegas da classe.
Na ocasião, foram feitas várias homenagens às autoridades que colaboraram para a construção de um país mais justo e democrático.
Participaram da mesa de abertura: o Corregedor do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ-RN), Vivaldo Pinheiro; o Corregedor do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), Eugenio Grandinete; a presidente de honra da Anoreg-BR, Lea Portugal; o presidente do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (Irib), Ricardo Coelho; o presidente da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen Brasil) Ricardo Leão; o presidente do Instituto de Estudos de Protestos de Títulos do Brasil (IEPTB-BR) Leo Barros Almada; o presidente do Colégio Notarial do Brasil (CNB), Ubiratan Guimarães; o presidente do Instituto de Registro de Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas do Brasil (IRTDPJ-BR) Rodolfo Pinheiro de Moraes; e o presidente da Coopnore, Sérgio Mânica.
Painel apresentado pelo Secretário da Reforma do Judiciário
Na noite da última quarta-feira (20), ocorreu a solenidade de abertura do XV Congresso Brasileiro de Direito Notarial e de Registro, o evento acontece durante os dias 20 a 23 de novembro, em Natal-RN.
A abertura oficial contou com a presença de mais de seiscentas pessoas, de todos estados da federação, com grande representatividade da classe notarial e de registro.
O presidente da Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg-BR), Rogério Bacellar, fez a abertura do encontro, em sua fala, ressaltou que a entidade nacional trabalha em parceria com a Anoreg-RN, Anoregs estaduais e Institutos membros com o objetivo de integrar e buscar melhorias para os associados.
Bacellar também informou que durante o ano de 2013, a Anoreg-BR atuou diariamente com o Governo Federal e o Poder Judiciário na defesa dos direitos dos notários e registradores. Pontuou, ainda, algumas das vitórias conseguidas nesse período, como por exemplo, o divórcio e a separação que agora podem ser feitas pelos cartórios extrajudiciais. O presidente ressaltou que a diretoria da Anoreg e os Institutos membros buscam, atualmente, que os cartórios também possam fazer a mediação e a arbitragem. “Esta proposta já foi aceita pelo Ministério da Justiça”, disse.
De acordo com o presidente, a Anoreg-BR está recolhendo assinaturas para criar um Projeto de Lei Complementar (PEC) que exige a presença de um notário e registrador no Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Buscamos isso para que nossa categoria seja representada por pessoas que conhecem mais profundamente nossa atividade”, concluiu.
Bacellar finalizou o discurso ao dizer que o principal objetivo do congresso é que todos compartilhem informações e se capacitem para que o serviço notarial e registral continue fornecendo segurança jurídica aos cidadãos brasileiros. “Por isso, criamos a Escola Nacional de Direito Notarial e de Registro (ENNOR), para facilitar a troca de conhecimentos e a capacitação dos membros da classe”, pontuou.
Integração e capacitação
O presidente da Associação dos Notários e Registradores do Rio Grande do Norte, Francisco Fernandes, falou que encontros como esse aproximam toda a categoria. “A integração com os Institutos membros e Anoregs estaduais buscam principalmente aproximar e defender os notários e registradores”, disse.
Para o desembargador do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ-RN), Vivaldo Pinheiro, o congresso é importante para a troca de experiências construtivas entre os titulares das serventias extrajudiciais.
Já o presidente do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil, Ricardo Coelho, agradeceu a Anoreg-BR por defender a classe e priorizar a união entre os tabeliães e registradores. Ainda, parabenizou todos os participantes do Prêmio de Qualidade Total Anoreg (PQTA), que premia todos os cartórios que se preocupam em prestar serviços de qualidade para a população.
Segundo o presidente da Coopnore, Sergio Afonso Mânica, a Coopnore e a Anoreg-BR são parceiras indissociáveis e ressaltou que a cooperação é hoje símbolo da humanidade. “Uma pessoa atuando na vida coletiva só tem sucesso por meio da cooperação”, concluiu.
Ricardo Leão, presidente da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen Brasil), ressaltou que a Anoreg-BR tem contribuído para desenvolvimento de projetos no âmbito federal e jurídico. “Anoreg-BR nos apoia em todos os momentos e nos ajuda a dialogar com o Governo Federal e o Judiciário”, disse.
Nesse sentido, o presidente do Colégio Notarial do Brasil (CNB), Ubiratan Guimarães, lembrou que as associações buscam melhorias para a classe, mas que para isso é necessário a participação e a união de todos.
De acordo com o presidente do Instituto de Estudos de Protestos de Títulos do Brasil (IEPTB-BR), Leo Almada, a discussão sobre o direito notarial e registral é indispensável para a troca de ideias e esclarecimento das dúvidas dos colegas da classe.
Na ocasião, foram feitas várias homenagens às autoridades que colaboraram para a construção de um país mais justo e democrático.
Participaram da mesa de abertura: o Corregedor do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJ-RN), Vivaldo Pinheiro; o Corregedor do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), Eugenio Grandinete; a presidente de honra da Anoreg-BR, Lea Portugal; o presidente do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil (Irib), Ricardo Coelho; o presidente da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen Brasil) Ricardo Leão; o presidente do Instituto de Estudos de Protestos de Títulos do Brasil (IEPTB-BR) Leo Barros Almada; o presidente do Colégio Notarial do Brasil (CNB), Ubiratan Guimarães; o presidente do Instituto de Registro de Títulos e Documentos e de Pessoas Jurídicas do Brasil (IRTDPJ-BR) Rodolfo Pinheiro de Moraes; e o presidente da Coopnore, Sérgio Mânica.
FONTE: ANOREG RN
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
Natal recebe XV Congresso Brasileiro de Direito Notarial e de Registro em novembro
Evento
reúne juristas de todo o Brasil e tem como tema central a atuação dos
cartórios na defesa dos direitos fundamentais sociais: uma análise
crítica dos 25 anos da constituição brasileira.
Juristas
de renome nacional e internacional, especialmente da área notarial e de
registro, se reúnem entre os dias 20 a 23 de novembro em Natal (RN)
para discutir assuntos que repercutem direta e indiretamente na vida de
população. O evento, promovido pela Associação dos Notários e
Registradores do Brasil (Anoreg-BR) e pela Anoreg Rio Grande do Norte,
terá como tema principal “A atuação dos cartórios na defesa dos direitos
fundamentais sociais: uma análise crítica dos 25 anos da Constituição
Brasileira”.
Durante
três dias de congresso os participantes contarão com palestras sobre os
mais variados assuntos jurídicos e suas relações com os serviços
prestados pelos cartórios. Serão abordadas questões como “Direitos
Fundamentais Sociais garantidos pela Transparência dos Serviços
Notariais e de Registro”, “Mediação e jurisdição voluntária”,
“Participação dos cartórios no desenvolvimento econômico do país”,
“Usucapião administrativo como forma de garantir o direito à
propriedade”, entre outros assuntos.
O
XV Congresso Brasileiro de Direito Notarial e de Registro é um dos
maiores eventos realizados na América Latina, dentro do seu segmento.
Informações e inscrições: http://www.anoreg.org.br/congresso/.
Prêmio Qualidade Total
Durante
o Congresso serão premiados os vencedores do o Prêmio de Qualidade
Total da Anoreg-BR, o PQTA 2013. O projeto institucional visa premiar os
serviços notariais e de registro de todo o país e incentivar a melhoria
dos serviços prestados para a sociedade brasileira.
Serviço:
XV Congresso Brasileiro de Direito Notarial e de Registro
Data: 20 a 23 de novembro
Local: Natal, Rio Grande do Norte (RN) - Serhs Natal Grand Hotel
Endereço: Av. Senador Dinarte Medeiros Mariz, 6045 - Via Costeira
Informações e inscrições: http://www.anoreg.org.br/congresso/.
Fonte: Anoreg-Brasil
Publicado em 18/11/2013
Encontro de Corregedores Gerais do Brasil solicita ao CNJ mediação nos cartórios
O 64º Encoge solicitou ao
CNJ que se posicione favoravelmente à adoção de mediação e conciliação
nas serventias extrajudiciais De 6 a 8 de novembro, foi realizado em
Florianópolis (SC) o 64º ENCOGE – Encontro do Colégio Permanente de
Corregedores-Gerais dos Tribunais de Justiça do Brasil. O encontro, que
teve como objetivo apresentar estudos e pesquisas, trocar experiências e
debater os temas Saúde e Segurança como elementos essenciais à
independência do Poder Judiciário, debateu também inovações referentes
às normas do foro extrajudicial.
O 64º ENCOGE
solicitou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que se posicione
favoravelmente à adoção de mediação e conciliação nas serventias
extrajudiciais, medida aprovada pelos Corregedores-Gerais.
Outra
recomendação foi que as Corregedorias Gerais de Justiça estimulem o
protesto de Certidões de Dívida Ativa, dando maior efetividade ao
parágrafo único do art.1º da Lei 9.492/1997.
Veja aqui a carta do 64º Encoge:
Fonte: Arpen-Brasil
Publicado em 19/11/2013
sábado, 2 de novembro de 2013
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
TJMT: Nomes ‘exóticos’ geram constrangimento
- Sexta, 01 Novembro 2013 09:31
Antes
mesmo de saber o sexo do filho a maioria dos pais já pensa qual nome
dará ao bebê. Muitos na ânsia de sair do senso comum optam por nomes
“diferentes”, tão diferentes que chegam a ser bizarros.
Muitos
desses nomes viram motivo de piada, trazem constrangimentos,
humilhações e, no caso das crianças, provocam bullying, principalmente
na fase escolar, quando surgem os famigerados apelidos. Muitos passam a
vida inteira tendo que justificar ou soletrar o próprio nome, tarefa no
mínimo desgastante.
Mas
o que fazer nesses casos? Se o nome é algo que traz aborrecimentos à
pessoa a melhor solução é fazer a troca. Para isso é necessário procurar
a Justiça. Uma vez lavrado e assinado o registro, qualquer alteração
somente pode ser feita mediante a autorização do Poder Judiciário com a
participação do Ministério Público. Após tomar a decisão, o primeiro
passo é constituir um advogado (público ou particular) para entrar com
uma ação.
No
Brasil, apesar de legalmente ser permitido trocar de nome, a parte
interessada não pode tomar tal decisão com o intuito de fugir de
históricos judiciais. Para evitar esse tipo de problema, ao ingressar
com a ação, a Justiça exige apresentação de alguns documentos, como
certidão negativa da Justiça Federal, Estadual, dos Juizados Especiais,
do cartório, do distribuidor de protestos, entre outros.
Recentemente
a Lei de Registros Públicos foi modificada, com o objetivo de facilitar
tais procedimentos, para possibilitar que, em casos mais simples, a
retificação seja feita apenas com a manifestação do Ministério Público.
Existem
duas maneiras de provocar a retificação: a judicial e a administrativa,
sendo que apenas as situações mais simples, como erro de grafia, podem
ser retificadas por meio da via administrativa. Uma pessoa, por exemplo,
que era para ter o nome grafado como “Cleuza” e teve no registro
escrito “Creuza”, pode pedir a mudança diretamente no cartório. Ficam a
cargo da retificação judicial aquelas situações mais difíceis, que
exigem maior indagação.
De
acordo com a juíza titular da Quinta Vara Cível de Cuiabá, Edleuza
Zorgetti, de cada 100 ações que tramitam na vara, 10% são de casos
referentes às mudanças no registro civil. As solicitações são bastante
variadas. Existe pedidos para alterar a data de nascimento (que foi
colocada errada), trocar de nome por ele ser esdrúxulo, acrescentar
sobrenome, colocar apelido ou mudar o sexo que foi registrado na
certidão. Tem ainda o caso das pessoas que foram incluídas no programa
de proteção à testemunha e por questões de segurança precisam mudar de
nome e aquelas que fizeram cirurgia para troca de sexo.
“No
caso dos nomes esdrúxulos, além das certidões, não é preciso outros
documentos, porque o juiz já vê que aquele nome causa constrangimento à
pessoa. Já no caso em que o requerente trocou de sexo é preciso
apresentar também um laudo médico comprovando que a cirurgia foi
realizada”, explica a juíza.
Registro
– Para evitar aborrecimentos no futuro, os pais têm uma grande
responsabilidade na hora de escolher o nome dos filhos. É preciso pensar
duas vezes antes de colocar um nome “americanizado”, que seja difícil
da criança escrever e pronunciar, que possa gerar apelido ou que cause
constrangimento, tanto na infância, quanto na vida adulta.
Nesse
contexto os cartórios têm papel importante. A Lei Federal Nº 6.015/73,
estabelece que o oficial de registro civil deve se recusar a registrar
na certidão de nascimento nomes que exponham a pessoa ao ridículo.
“Quando
os pais chegam aqui com nomes muito diferentes nós explicamos que isso
vai trazer problemas para a criança, que pode sofrer bullying na escola e
continuar sofrendo na vida adulta. Muitos ficam bravos, falam que vão
entrar na Justiça, mas vão para casa, se acalmam e voltam para registrar
com um nome mais fácil”, conta a escrevente juramentada Olga Almeida
Campos dos Santos, que há 33 anos trabalha no 3º Serviço Notorial e
Registro das Pessoas Naturais de Cuiabá.
Durante
todos esses anos de trabalho ela já se deparou com inúmeras situações, a
mais recente é de uma mãe que foi ao cartório para registrar a filha
com o seguinte nome: Mykemychirslly Hillarye. “Nós explicamos que era um
nome muito complicado para a criança, que ela teria dificuldades de
pronunciar e escrever. A mãe não gostou, disse que iria ao Fórum
procurar seus direitos. Sei que a mãe ficou chateada, mas estamos apenas
cumprindo com nosso papel. O nome escolhido pelos pais pode tanto ser
motivo de orgulho, quanto de vergonha, por isso é preciso pensar bem
antes de registrar”.
Ela
ressalta que esse posicionamento do cartório, além de evitar
aborrecimentos para a pessoa, ajuda a reduzir também a judicialização.
“Se deixamos registrar um nome como esse, futuramente a pessoa acaba
entrando na Justiça para fazer a troca, então preferimos evitar todo
esse processo na vida da pessoa”.
Nem
todas as pessoas, porém, que têm nomes, digamos “exóticos”, decidem
entrar na Justiça para fazer a troca. É o caso da costureira Gigliola
Coimbra Brejo Vargas, 44 anos, que convive muito bem com seu nome. “Meu
pai colocou esse nome em homenagem a cantora italiana Gigliola
Cinquetti, que fez muito sucesso no Brasil no final dos anos 60”.
Apesar
de nunca ter pensado em entrar na Justiça para fazer a troca de nome,
Gigliola admite que já sofreu por ter nome diferente. “Quando era
criança me chamavam de carambola, graviola, caçarola, enfim, tinha mil
piadinhas. A vantagem é que eu não ligava, tirava de letra. Até hoje as
pessoas perguntam se esse é meu nome mesmo, principalmente no telefone,
do outro lado da linha sempre escuto: como? Esse é seu nome?”, conta
Gigliola, soltando uma bela gargalhada.
Ela
diz que gosta do fato de ter um nome incomum. “Não me importo, gosto do
meu nome, acho que se eu trocasse perderia minha identidade. Como ainda
não encontrei alguém com o nome igual ao meu, acho bacana ser única,
isso não me incomoda”, diz a costureira, que nunca teve apelido.
Fonte: Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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